quarta-feira, novembro 26, 2003

Eu e o anti-eu

Eu : A Fabiana por mais longe que esteja de mim, ela pertence à minha vida.

Anti-eu : Pertence ou não-pertence faz parte da teoria dos conjuntos João, acorda para a vida e olhe para o que tem à sua volta.

Eu : Estou vendo, a sala, a mesa, os sofás e o computador.

Anti-eu : Não cara! Olhe e veja quanta coisa legal passou pela sua vida e você não aproveitou.

Eu : Eu? Não aproveitei o que? Eu não tinha o que aproveitar. A vida é uma tormenta, um vendaval que não pára, e eu como algo fora do comum, parei só para entendê-la, entender todo o complexo que é a vida e aquele ícone que representou o que é a minha vida até então. Algumas coisas passaram por mim sim, e não vou negar. Foram poucas, mas passaram.

Anti-eu : Pois é, mas você não aproveitou mais nem um tiquinho do que poderia ter aproveitado.

Eu : Eu sei, mas a minha vida tem mais tempero e mais graça com ela. Sem ela sou uma pessoa recuada, sem-graça, chata e tímida. Enfim, uma pessoa fria, que não parece ter sentimentos. Sabe gostar, mas não sabe amar, porque a quem ele soube dar amor nada obteve como resposta. O amor se tornou vazio, nulo e indefinido.

Anti-eu : Você vive se depreciando, o que há com você? Você é pessimista?

Eu : Sim, depois da maior decepção da minha vida, tornei-me depressivo e pessimista. Tento viver o melhor que posso atualmente, mas sempre fico cauteloso com minhas ações.

Anti-eu : Não pode ficar acuado dessa maneira. Assim você não viverá direito.

Eu : Não penso mais em mim, penso apenas que eu posso ser uma boa pessoa para ela.

Anti-eu : Você não pode viver desse amor infundado e imaginário. Algum dia você vai se apaixonar por uma outra garota?

Eu : Posso até me apaixonar, mas não será a mesma paixão que tive por ela. Hoje em dia eu classifico o amor em dois, o amor pela Fabiana e os outros amores. Não consigo mais fundir essas duas coisas em uma só.

Anti-eu : Um sentimento só dividido. E ainda mais o amor?! João, você é uma pessoa estranha mesmo.

*Essa brincadeira foi baseada no que eu sinto realmente (o Eu) e a opnião externa (o anti-eu). Procurei mesclar o que tanto já falaram para mim sobre a minha paixão incompreendida. Claro que já falaram muito mais que isso, mas em um próximo post eu volto nessa questão do Eu e anti-eu.

Até mais a todos!

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