segunda-feira, julho 26, 2010

Palavras que me calam

Eu já senti o amor virar ódio.
Eu já senti a calma virar stress.
Eu já tentei compreender o confuso.
Só não consegui perceber que tudo o que eu queria na vida foi preciso ficar quieto.

Observar atentamente ao redor e ver que tudo o que mais precisamos é de paz.
Pois também já vi que quanto mais falei mais deprimido fiquei.
A minha alegria interna é a que interessa.
Porque as outras pessoas não fazem questão de sentí-la.

A mágoa, a revolta e o senso de justiça prevalecem em meu caráter.
A ignorância é a intolerância do diferente, mesmo que esse seja doente.
Quanto aos ausentes, que pouco sabem porque lá não estavam.
Resta saber sobre a sapiencia dos que participaram.

E quem se aproveita dos menos hábeis, tiram vantagens insinuosas.
Dos que penam para conseguir o mínimo com o maior esforço.
Dá pena dos fracos que andam tombando.
E raiva dos fortes que estão se vangloriando.

Altivo sejam aqueles que sabem o que valem.
Valor não é o que se paga e sim o que se consegue por ser humilde.
Valor é aquilo que se consegue não por atitude e sim por consequencia de algo bem realizado.
Valor é o bem interno que julga o coração, por saber o que vale a pena e o que não vale a pena.

No resto, aprender a ser correto é saber trilhar, mesmo por linhas tortas.
Cair, escorregar e tropeçar é normal.
O importante é dizer que isso foi superado.
E que de desafinado só é aquele que não sabe cantar.

Todo mundo é capaz e sabe o que faz.
E assim minha alma volta e dorme em paz.

Abraços a todos...!

quarta-feira, julho 14, 2010

Eu me lembro

Lembro daquelas noites em que eu ficava ao lado dela e ela simplesmente virava para o outro, lembro-me também dos dias em que eu queria dar atenção, mas ela não me dava ouvidos.

Lembro daquela pele morena que eu admirava e tomava gosto por estar junto comigo.
Lembro de todas as noites que passei junto a ela.

Lembro das tardes que se transformavam em fagulhas e que acendia a chama de uma paixão.
Lembro ainda que nada pude fazer quando ela me afastava.

Pudera eu ser a pessoa mais querida para ela, mas o que havia entre nós?
Eu não consigo imaginar porque a desconfiança só aumentava.

Razões? Motivos?
Ela dizia que tinha, e eu me cortava a cada dia que ela me dizia isso.

Fui sangrando tanto que hoje estou pálido, sem cor, sem nada.
Como um corpo em uma mesa de necrópsia, estou parado, inerte e sem ação.

Fui jogado na rua da amargura, e aqui penso que estou onde eu devia estar.
Sem noção, sem valor, sem projeto, sem alma e sem paz.

Um dia quero entender pra que serviu a vida, não importa se eu sairei feliz ou não.
O que importa é que eu fui necessário, pra ela, ou pra todos.

Abraços de um ser humano, que quer apenas ser lembrado.

Até mais!